A máfia de Pedro Taques (Procurador contrário a PEC 37)
A dissimulação de um ex-procurador da República ávido pelo poder
16 de Mai de 2013
www.midianews.com.br
Esta não é uma história comum. Mas de um cidadão que se apresentou à
sociedade mato-grossense como um vestal, enganando aqueles que caem em
suas meias-verdades e fazendo dessa enganação um meio de vida
consoante com sua busca pelo poder.
O que se pretende aqui, não é nada mais que arrancar a máscara daquele
que, por trás dela, se esconde como um mero aproveitador, ambicioso,
de olho em oportunidades de se dar bem, indiferente aos desígneos e
desejos do povo, embora finja estar em sua defesa.
Pedro Taques era um Procurador da República - até aí todo mundo sabe,
função que abandonou rumo sua escalada ao poder. Venceu a primeira
eleição que disputou, ao Senado, condição que o colocou como um dos
principais líderes políticos do estado. Mas embaixo da camada expessa
de quixotismo, esconde-se uma capa com indeléveis cicatrizes morais.
As ações de sua lavra, que acabaram catapultando-o ao estrelato
midiático, como as sentenças desfavoráveis a reconhecidos criminosos
no estado, como João Arcanjo Ribeiro, foram fruto de coragem e
destemor, para alguns, mas apenas sua relês obrigação, para outros.
Obrigações de um servidor público que fora muito bem remunerado,
escalado e escoltado para tal. Assim não o fizesse, estaria
decumprindo suas obrigações funcionais e faltando com o dever, uma vez
que estava sendo remunerado com o dinheiro público.
Antes de entrar na política, quando exercia função jurisdicional,
Taques tomou algumas atitudes que, aparentemente são bem
intencionadas, como embargar obras de hidrovias, por exemplo, por
conta de questões supostamente ambientais, como o interposto pelo
Tribunal Regional Federal - 1ª Região, às obras da hidrovia
Paraguai-Paraná, só para ficar em apenas um caso.
À primeira vista, parecia sensato, politicamente correto e dentro de
uma linha de conduta até certo ponto admirável. Isso quando não se
conhece a verdade por trás de tudo.
O que ocorreu nesse ínterim, porém, e será desmistificado nas próximas
linhas, é que existiram interesses não confessos nessas ações. Por
trás das 'boas intenções' do senhor Pedro Taques, escondia-se a
proteção de uma das maiores máfias de Mato Grosso, a dos combustíveis.
Sabe-se que Mato Grosso é um estado de proporções continentais, rico
em produção primária e eminentemente agro-exportador. Dicotomicamente,
porém, tem um dos combustíveis mais caros do país. Por conseguinte, o
escoamento de sua safra se dá, via de regra, pelo modal rodoviário.
Os outros meios de transporte em nosso estado ficou relegado aos
corriqueiros embargos que travaram sua efetiva implantação e uso.
Em janeiro de 2001, Pedro Taques embagou uma via navegável em função
de mera questão semântica, quando parou as obras da via aquática
quando se discutia se aquilo era uma via fluvial ou navegável.
Dizia ele: "Não interessa o nome que se dê - se hidrovia ou via
fluvial navegável" (...) - Discordando do discurso de que a navegação
não era impactante por acontecer há mais de 200 anos naquela região,
Taques asseverou "Qualquer pessoa sabe que o volume de carga
transportado naquela época não é o mesmo de hoje".
Como se pode perceber, àquela época o então procurador já dava sinais
de que estava preocupado com a questão do volume de carga
transportado, deixando claro sua tênue linha de defesa entre o bem
comum ambiental e o bem comum dos vendedores de combustíveis que
tinham interesse especial em manter as rodovias como principal
escadouro da produção mato-grossense e para isso era preciso solapar
qualquer tentativa de realização de obras em outros modais, como o
fluvial ou ferroviário.
Sob o manto quase sagrado da questão ambiental, muito se fez para
impedir que os modais de transportes fossem diversificados e
incrementados no estado. Por trás, estava a máfia dos combustíveis e a
banca internacional que se beneficiou desta deficiência que temos em
termos de infra-estrutura e, em algumas áreas, se consolidou no
comércio externo em detrimento a nossa infinda capacidade de produção,
neste caso, comprometida pela falta de alternativas viáveis e que
poderiam baratear os custos dela.
O que Mato Grosso perdeu com isso, foi nada menos que a possibilidade
de estar hoje demandando muito mais dividendos na balança comercial;
Perdemos um estado mais rico, com mais recursos estatais em função dos
impostos que o incremento produtivo poderia trazer; Perdemos parte da
capacidade competitiva, e, num segundo momento, a possibilidade das
pessoas transitarem por vias aquáticas, de forma barata e muito mais
segura. Quantas vidas foram ceifadas nessas rodovias da morte?
Perdemos muito com as canetadas de Pedro Taques. Mas ele ganhou, e não
só em termos políticos. Pedro Taques encheu as burras de sua campanha
com o dinheiro dos vendedores de combustíveis.
E para pagar seus préstimos, seus maiores investidores foram aqueles
que se beneficiaram com os embargos de sua caneta. Para se ter uma
idéia, Mato Grosso consumiu no ano de 2010, segundo a ANP, 416.266.000
litros de álcool, e 393.807.000 litros de gasolina. Nada menos que
810.073 milhões de litros de combustíveis. Grande parte desse consumo
se deu nas estradas rodoviárias.
Num exercício simples, pode se concluir que, se tivéssemos aqui outros
modais, como o ferroviário e hidroviário, certamente muito desses
combustíveis deixariam de ser vendidos e consumidos, inclusive dando
uma grande contribuição para fatores como diminuição de emissão de
gases poluentes e do efeito estufa.
E eles também lhe foram fiéis, os vendedores de combustíveis não
abandonaram Pedro Taques. Num levantamento posterior a sua eleição,
por exemplo, podemos concluir que o maior quinhão de sua campanha,
diga-se, nada modesta, vieram desse setor, fato este comprovado pelas
suas declarações dispostas na prestação de contas do TRE.
Por sua vez, Pedro Taques também tratou de retribuir a ajuda
financeira na campanha, quando recentemente se enfileirou com aqueles
retrógrados defensores do Bus Rapid Transport. Na luta homérica
travada em torno do modal de transporte para Cuiabá, quando a decisão
entre BRT e VLT estava na efervescência, Pedro Taques se posicionou
firmemente contra o povo, defendendo o BRT e tentando melar a soberana
opinião popular ancorada em mais de 80% da população que defendia o VLT.
Mas o povo venceu, pelo esforço incontido de uma luta gigante contra
todos os lobby's, onde uma plêiade de pessoas sinceramente estavam
realmente dispostas a fazer valer um futuro mais próspero em termos de
mobilidade urbana na capital mato-grossense. À garra desses homens se
somam os esforços da população que saiu às ruas e acabou, felizmente,
arrebentando a máfia dos tambolhistas, que hoje, faz do discurso
demagógico a marca registrada dos perdedores da causa.
É preciso que se diga de que lado estamos, e Pedro Taques não está do
lado do povo como tenta fazer parecer. Em que pese ter conseguido
aproximadamente 400 mil votos na baixada cuiabana, vez por outra se
coloca contra esse mesmo povo que o elegeu, porque tem na calada de
seus gestos, por trás de si, um grupo de mafiosos para defender, antes
mesmo do café da manhã, embrulhado na sua consciência tacanha.
E estes mafiosos estão soltos por aí, agindo em bando, hora fazendo
pressão, hora detonando seus inimigos públicos. Recentemente esta
máfia foi desbaratinada pela polícia, tendo alguns de seus membros
presos, acusados de uma série de crimes.
Estes homens e suas fortunas são os grandes financiadores do senhor
Pedro Taques. E esta é sua velada máfia.
A dissimulação de um ex-procurador da República ávido pelo poder
16 de Mai de 2013
www.midianews.com.br
Esta não é uma história comum. Mas de um cidadão que se apresentou à
sociedade mato-grossense como um vestal, enganando aqueles que caem em
suas meias-verdades e fazendo dessa enganação um meio de vida
consoante com sua busca pelo poder.
O que se pretende aqui, não é nada mais que arrancar a máscara daquele
que, por trás dela, se esconde como um mero aproveitador, ambicioso,
de olho em oportunidades de se dar bem, indiferente aos desígneos e
desejos do povo, embora finja estar em sua defesa.
Pedro Taques era um Procurador da República - até aí todo mundo sabe,
função que abandonou rumo sua escalada ao poder. Venceu a primeira
eleição que disputou, ao Senado, condição que o colocou como um dos
principais líderes políticos do estado. Mas embaixo da camada expessa
de quixotismo, esconde-se uma capa com indeléveis cicatrizes morais.
As ações de sua lavra, que acabaram catapultando-o ao estrelato
midiático, como as sentenças desfavoráveis a reconhecidos criminosos
no estado, como João Arcanjo Ribeiro, foram fruto de coragem e
destemor, para alguns, mas apenas sua relês obrigação, para outros.
Obrigações de um servidor público que fora muito bem remunerado,
escalado e escoltado para tal. Assim não o fizesse, estaria
decumprindo suas obrigações funcionais e faltando com o dever, uma vez
que estava sendo remunerado com o dinheiro público.
Antes de entrar na política, quando exercia função jurisdicional,
Taques tomou algumas atitudes que, aparentemente são bem
intencionadas, como embargar obras de hidrovias, por exemplo, por
conta de questões supostamente ambientais, como o interposto pelo
Tribunal Regional Federal - 1ª Região, às obras da hidrovia
Paraguai-Paraná, só para ficar em apenas um caso.
À primeira vista, parecia sensato, politicamente correto e dentro de
uma linha de conduta até certo ponto admirável. Isso quando não se
conhece a verdade por trás de tudo.
O que ocorreu nesse ínterim, porém, e será desmistificado nas próximas
linhas, é que existiram interesses não confessos nessas ações. Por
trás das 'boas intenções' do senhor Pedro Taques, escondia-se a
proteção de uma das maiores máfias de Mato Grosso, a dos combustíveis.
Sabe-se que Mato Grosso é um estado de proporções continentais, rico
em produção primária e eminentemente agro-exportador. Dicotomicamente,
porém, tem um dos combustíveis mais caros do país. Por conseguinte, o
escoamento de sua safra se dá, via de regra, pelo modal rodoviário.
Os outros meios de transporte em nosso estado ficou relegado aos
corriqueiros embargos que travaram sua efetiva implantação e uso.
Em janeiro de 2001, Pedro Taques embagou uma via navegável em função
de mera questão semântica, quando parou as obras da via aquática
quando se discutia se aquilo era uma via fluvial ou navegável.
Dizia ele: "Não interessa o nome que se dê - se hidrovia ou via
fluvial navegável" (...) - Discordando do discurso de que a navegação
não era impactante por acontecer há mais de 200 anos naquela região,
Taques asseverou "Qualquer pessoa sabe que o volume de carga
transportado naquela época não é o mesmo de hoje".
Como se pode perceber, àquela época o então procurador já dava sinais
de que estava preocupado com a questão do volume de carga
transportado, deixando claro sua tênue linha de defesa entre o bem
comum ambiental e o bem comum dos vendedores de combustíveis que
tinham interesse especial em manter as rodovias como principal
escadouro da produção mato-grossense e para isso era preciso solapar
qualquer tentativa de realização de obras em outros modais, como o
fluvial ou ferroviário.
Sob o manto quase sagrado da questão ambiental, muito se fez para
impedir que os modais de transportes fossem diversificados e
incrementados no estado. Por trás, estava a máfia dos combustíveis e a
banca internacional que se beneficiou desta deficiência que temos em
termos de infra-estrutura e, em algumas áreas, se consolidou no
comércio externo em detrimento a nossa infinda capacidade de produção,
neste caso, comprometida pela falta de alternativas viáveis e que
poderiam baratear os custos dela.
O que Mato Grosso perdeu com isso, foi nada menos que a possibilidade
de estar hoje demandando muito mais dividendos na balança comercial;
Perdemos um estado mais rico, com mais recursos estatais em função dos
impostos que o incremento produtivo poderia trazer; Perdemos parte da
capacidade competitiva, e, num segundo momento, a possibilidade das
pessoas transitarem por vias aquáticas, de forma barata e muito mais
segura. Quantas vidas foram ceifadas nessas rodovias da morte?
Perdemos muito com as canetadas de Pedro Taques. Mas ele ganhou, e não
só em termos políticos. Pedro Taques encheu as burras de sua campanha
com o dinheiro dos vendedores de combustíveis.
E para pagar seus préstimos, seus maiores investidores foram aqueles
que se beneficiaram com os embargos de sua caneta. Para se ter uma
idéia, Mato Grosso consumiu no ano de 2010, segundo a ANP, 416.266.000
litros de álcool, e 393.807.000 litros de gasolina. Nada menos que
810.073 milhões de litros de combustíveis. Grande parte desse consumo
se deu nas estradas rodoviárias.
Num exercício simples, pode se concluir que, se tivéssemos aqui outros
modais, como o ferroviário e hidroviário, certamente muito desses
combustíveis deixariam de ser vendidos e consumidos, inclusive dando
uma grande contribuição para fatores como diminuição de emissão de
gases poluentes e do efeito estufa.
E eles também lhe foram fiéis, os vendedores de combustíveis não
abandonaram Pedro Taques. Num levantamento posterior a sua eleição,
por exemplo, podemos concluir que o maior quinhão de sua campanha,
diga-se, nada modesta, vieram desse setor, fato este comprovado pelas
suas declarações dispostas na prestação de contas do TRE.
Por sua vez, Pedro Taques também tratou de retribuir a ajuda
financeira na campanha, quando recentemente se enfileirou com aqueles
retrógrados defensores do Bus Rapid Transport. Na luta homérica
travada em torno do modal de transporte para Cuiabá, quando a decisão
entre BRT e VLT estava na efervescência, Pedro Taques se posicionou
firmemente contra o povo, defendendo o BRT e tentando melar a soberana
opinião popular ancorada em mais de 80% da população que defendia o VLT.
Mas o povo venceu, pelo esforço incontido de uma luta gigante contra
todos os lobby's, onde uma plêiade de pessoas sinceramente estavam
realmente dispostas a fazer valer um futuro mais próspero em termos de
mobilidade urbana na capital mato-grossense. À garra desses homens se
somam os esforços da população que saiu às ruas e acabou, felizmente,
arrebentando a máfia dos tambolhistas, que hoje, faz do discurso
demagógico a marca registrada dos perdedores da causa.
É preciso que se diga de que lado estamos, e Pedro Taques não está do
lado do povo como tenta fazer parecer. Em que pese ter conseguido
aproximadamente 400 mil votos na baixada cuiabana, vez por outra se
coloca contra esse mesmo povo que o elegeu, porque tem na calada de
seus gestos, por trás de si, um grupo de mafiosos para defender, antes
mesmo do café da manhã, embrulhado na sua consciência tacanha.
E estes mafiosos estão soltos por aí, agindo em bando, hora fazendo
pressão, hora detonando seus inimigos públicos. Recentemente esta
máfia foi desbaratinada pela polícia, tendo alguns de seus membros
presos, acusados de uma série de crimes.
Estes homens e suas fortunas são os grandes financiadores do senhor
Pedro Taques. E esta é sua velada máfia.
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