Do portal da Fenadepol
A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) tem buscado formas de incluir a Polícia Federal (PF) entre as possíveis exceções de adiamento de concursos públicos e nomeações anunciados pelo Governo Federal em função do corte de mais de R$50 bilhões no orçamento da União para este ano. O presidente da entidade, delegado federal Antônio Góis, aguarda o retorno de um pedido de audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir, entre outros assuntos, a realização da seleção para delegado da PF.
Góis relembra que ao tomar posse como diretor-geral da Polícia Federal em 14 de janeiro deste ano, o delegado federal Leandro Daiello Coimbra ressaltou que sua gestão seria marcada por uma política forte de gestão de pessoal e que daria continuidade à recomposição do efetivo da corporação. Passados quatro meses, no entanto, ainda não foi feita a abertura da seleção para preenchimento de 1.352 vagas nas áreas policial e administrativa do Departamento de Polícia Federal, conforme o anúncio feito naquela ocasião.
Somente para a área policial, seriam abertas 1.024 vagas, sendo 396 de agente, 362 de escrivão, 150 de delegado e 116 de papiloscopista. “O reforço do efetivo da corporação é fundamental para o combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e à violência, prioridades do Governo Federal, como destacou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em seu discurso durante a posse de Coimbra”, reforça Góis.
O presidente da Fenadepol avalia ainda que o atraso na realização das seleções pode até mesmo prejudicar o trabalho de preparação da PF para garantir a segurança da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpiadas de 2016. “Prejudica porque temos defasagem de pessoal tanto no quadro de delegado, quanto nas demais categorias”, afirma. “Não podemos passar novamente pela situação de ficar anos sem realizar concursos”, adverte.
A PF depende de autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para duas rodadas de concursos, sendo a primeira para os cargos de agente e papiloscopista. Nesse caso, o objetivo é realizar o curso de formação (segunda etapa do concurso) ainda este ano, o que traz a expectativa de que ao menos a autorização pudesse sair neste primeiro semestre. Na segunda rodada seriam abertas as seleções para escrivão e delegado. O último concurso realizado para delegado da PF foi em 2004. As informações são do portal da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal(Fenadepol).
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