POR VALQUÍRIA FERREIRA
Policiais militares que faziam ronda pela Avenida Litorânea registraram na madrugada de ontem uma “queixa” contra o promotor de Justiça Zanony Passos Silva Filho. Na ocorrência, de n° 13408, registrada às 0h16 no Plantão Central da Beira-Mar, o sargento Júlio César Sousa Pereira, de 49 anos, lotado no 8° Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Calhau, disse ter sido afrontado pelo promotor quando trabalhava na Litorânea, próximo ao restaurante Picanha de Ouro.
Promotor Zanony Passos
De acordo com o registro, o sargento Júlio César estava com o soldado Marcelo Monteiro dos Santos, de 40 anos, na viatura 0911, do Ronda na Comunidade, quando pararam próximo ao restaurante e permaneceram dentro do veículo. Após alguns instantes, os militares notaram que um homem saiu de um veículo cor cinza, placa NMR-2727, começou a filmar a viatura, e eles estranharam essa atitude.
Segundo o sargento, o homem teria retornado ao veículo onde pegou uma cédula de R$ 20 e um cartão de visita em nome de Zanony Passos Silva Filho e jogou dentro da viatura, e depois teria dito que “se os policiais não o conheciam, eles iriam conhecê-lo”. Pelo fato ter sido estranho e por se sentirem ameaçados com a atitude do promotor, os militares comunicaram o caso ao major Sá, comandante do 8° BPM, e depois foram registrar a ocorrência no Plantão Central da Reffsa.
A reportagem do Jornal Pequeno fez contato com o major Sá, e ele confirmou as informações, e ainda disse que foi registrada uma ocorrência na Polícia Militar, documento que está no Comando Geral da PM e deve ser encaminhado para a Procuradoria-Geral da Justiça, para que o caso seja investigado.
Outros casos – Esta não é a primeira vez que o promotor Zanony Passos se envolve em confusões envolvendo policiais militares. No dia 21 de agosto, do ano passado, ele teria provocado uma confusão dentro de uma churrascaria no bairro do Vinhais, tanto que a polícia foi acionada para controlar o promotor, e ele teria sido agredido.
De acordo com os funcionários da churrascaria, a confusão começou depois que o promotor, insatisfeito com o atendimento, questionou um dos garçons e acabou se exaltando, quando teria espalhado arroz sobre a mesa e quebrado algumas taças. A polícia foi acionada, e o promotor teria sido algemado e levado ao Plantão Central da Beira-Mar, onde as agressões teriam continuado.
Em 2008, Zanony foi afastado da Comarca de Coroatá por conta de sua ligação com o prefeito Luiz da Amovelar (PDT). O promotor foi acusado de beneficiar o então candidato à reeleição. Algum tempo depois foi transferido para São Luís. Ele também é acusado de ter ficado com cerca de R$ 10 mil a que tinha direito como auxílio-reclusão, benefício que o Estado paga, através do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), à família de presos.
Comentários do blog:
Me pergunto: "existe mesmo uma corregedoria no MP?"...Em relação ao CNMP, todos sabem quem este conselho não tem nem de longe a mesma desenvoltura e atuação do CNJ. Nas polícias por muitos menos servidores são punidos e execrados muitas vezes antes mesmo de se instaurar qualquer procedimento. Vejam o caso do delegado Castelo Branco, onde o mesmo foi "condenado" sem ao menos poder expor sua versão do acontecimento, as imagens não mostraram nenhuma agressão (a não ser a necessária para fazer valer a ordem de prisão), mas ainda assim, o delegado foi afastado preventivamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário