Ajufe explica paralisação ao ministro da Justiça
O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, participou de audiência nesta quarta-feira (13/4) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para explicar os motivos da paralisação nacional, marcada para o próximo dia 27 e aprovada em assembléia por 83% dos juízes federais brasileiros.A mobilização contará com a presença dos presidentes dos Sindicatos de Juízes da Espanha, Portugal e Itália, prevendo-se um debate público em Brasília.
Segundo informa a assessoria da Ajufe, o ministro aceitou o convite de Wedy para ser o interlocutor neste diálogo com o governo e demais Poderes.
Wedy ressaltou que a Ajufe busca de uma solução que atenda a magistratura e reverta, especialmente, em benefício da sociedade.“Sanar estas dificuldades é importante para a sociedade brasileira, pois ela precisa de um Poder Judiciário independente, célere, barato, que não admita a impunidade, e para isso os juízes precisam de melhorias na carreira e nas condições de trabalho”, afirmou o presidente da AJUFE.
As principais reivindicações são sobre a segurança dos magistrados, que julgam causas envolvendo o tráfico de drogas e o crime organizado, a necessidade de igualdade de direitos entre o Poder Judiciário Federal e o Ministério Público.
Segundo a entidade, o Brasil é o único país em que o Poder Judiciário está abaixo do Ministério Público em matéria de direitos e prerrogativas. A Ajufe também observa que decisão do CNJ, de agosto de 2010, que estabelece a igualdade de direitos entre o Poder Judiciário e o Ministério Público, até o momento não foi cumprida e está sob ameaça de ação judicial da AGU.
Também participaram da reunião com o ministro da Justiça o vice-presidente da Ajufe na Quinta Região, Nagibe de Melo Jorge, o presidente da Associação dos Juízes Federais da Quinta Região (Rejufe), Glauber Pessoa Alves, e a juíza federal do Mato Grosso do Sul, Raquel Corniglion
Comentários do blog: Em verdade a AJUFE deseja melhoria nos subsídios dos juízes federais, o que ocorrerá, obviamente, por meio do reajuste do subsídio pago atualmente aos ministros do STF que deverá ultrapassar R$30mil! e daí todo aquele efeito cascata para toda magistratura e MP.
Mas lendo a notícia fico a me perguntar: e a polícia? nós não precisamos de boas condições de trabalho, não precisamos de melhorias nas remunerações (afinal não nos foi concedido nem o reajuste anual geral e nem ao menos a reposição da inflação dos últimos dois anos).
Os juízes vão parar exigindo melhorias e nós, ficaremos a ver navios mais uma vez?
Nenhum comentário:
Postar um comentário