Delegados decretam risco de greve por equiparação de salário
Cleomar Almeida
Os delegados da Polícia Civil de Goiás decretaram ontem risco de greve, caso o governo do Estado se recuse a pagar à categoria um salário compatível com a média da remuneração dos demais profissionais de carreira jurídica estadual, como juízes, procuradores e promotores de Justiça.
O aviso foi divulgado durante assembleia com 226 integrantes do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado (Sindepol), na Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg).
Em média, o valor pago aos profissionais do ramo jurídico no Estado é R$ 18 mil, de acordo com cálculo do presidente do Sindepol, Wilson Luis Vieira. É maior que o dos delegados, que, em início de carreira, recebem R$ 8,748 mil, e, no final, R$ 12 mil. Mais de 50% dos 372 profissionais da categoria ganham salário inicial e apenas 30 deles estão no último patamar, conforme divulgado.
O sindicato informou que o último reajuste foi feito em 2005 e, nesse período, acumularam-se 44% de perdas salariais. “De lá para cá, não houve nenhuma reposição”, afirmou Wilson, pontuando que a situação é mais preocupante para os delegados de classe especial, no término da carreira, que, na época, não teriam recebido o subsídio. Eles já estariam incluídos no teto estipulado pelo Estado.
Wilson disse que o governador Marconi Perillo reconheceu “o direito de os delegados receberem a média do salário dos profissionais da carreira jurídica”, durante reunião em 22 de dezembro. O tucano teria afirmado, ainda, que enviaria, até a próxima terça-feira, um projeto à Assembleia Legislativa para garantir o reajuste, segundo o presidente do Sindepol. Entretanto, as negociações não avançaram mais.
Wilson afirmou ter recebido um “recado informal” do secretário de gestão e planejamento, Giuseppe Vecci, avisando que não iria atender à solicitação da categoria. “O recado chegou uma hora antes da assembleia dos delegados, iniciada às 17 horas”, reclamou o presidente do Sindepol.
De acordo com o secretário, a categoria vai receber um reajuste de 9,6%, assim como os demais servidores públicos do Estado. “Também propusemos um bônus de produtividade individual”, salientou Vecci. “A proposta encaminhada verbalmente é inferior a do governo anterior. Os delegados negaram sugestão de Alcides Rodrigues, que apresentou reajuste médio de 18% e sem tocar em questão de produtividade”, rebateu o presidente do sindicato.
O Sindepol informou que os delegados vão iniciar, no dia 26, o movimento de greve, caso não obtenha uma negociação antes. Segundo divulgado, apenas 30% dos profissionais continuarão trabalhando, conforme estabelece a Constituição.
Fonte: Jornal O PopularOs delegados da Polícia Civil de Goiás decretaram ontem risco de greve, caso o governo do Estado se recuse a pagar à categoria um salário compatível com a média da remuneração dos demais profissionais de carreira jurídica estadual, como juízes, procuradores e promotores de Justiça.
O aviso foi divulgado durante assembleia com 226 integrantes do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado (Sindepol), na Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg).
Em média, o valor pago aos profissionais do ramo jurídico no Estado é R$ 18 mil, de acordo com cálculo do presidente do Sindepol, Wilson Luis Vieira. É maior que o dos delegados, que, em início de carreira, recebem R$ 8,748 mil, e, no final, R$ 12 mil. Mais de 50% dos 372 profissionais da categoria ganham salário inicial e apenas 30 deles estão no último patamar, conforme divulgado.
O sindicato informou que o último reajuste foi feito em 2005 e, nesse período, acumularam-se 44% de perdas salariais. “De lá para cá, não houve nenhuma reposição”, afirmou Wilson, pontuando que a situação é mais preocupante para os delegados de classe especial, no término da carreira, que, na época, não teriam recebido o subsídio. Eles já estariam incluídos no teto estipulado pelo Estado.
Wilson disse que o governador Marconi Perillo reconheceu “o direito de os delegados receberem a média do salário dos profissionais da carreira jurídica”, durante reunião em 22 de dezembro. O tucano teria afirmado, ainda, que enviaria, até a próxima terça-feira, um projeto à Assembleia Legislativa para garantir o reajuste, segundo o presidente do Sindepol. Entretanto, as negociações não avançaram mais.
Wilson afirmou ter recebido um “recado informal” do secretário de gestão e planejamento, Giuseppe Vecci, avisando que não iria atender à solicitação da categoria. “O recado chegou uma hora antes da assembleia dos delegados, iniciada às 17 horas”, reclamou o presidente do Sindepol.
De acordo com o secretário, a categoria vai receber um reajuste de 9,6%, assim como os demais servidores públicos do Estado. “Também propusemos um bônus de produtividade individual”, salientou Vecci. “A proposta encaminhada verbalmente é inferior a do governo anterior. Os delegados negaram sugestão de Alcides Rodrigues, que apresentou reajuste médio de 18% e sem tocar em questão de produtividade”, rebateu o presidente do sindicato.
O Sindepol informou que os delegados vão iniciar, no dia 26, o movimento de greve, caso não obtenha uma negociação antes. Segundo divulgado, apenas 30% dos profissionais continuarão trabalhando, conforme estabelece a Constituição.