domingo, 10 de julho de 2011

Desvios de funções a polícia civil e os prejuízos decorrentes

É notável e cada vez mais grave a influência da política em peças chaves e fundamentais para a segurança pública, especialmente na polícia civil.

Esta interferência provoca “graves” desvios de condutas e são muito mais intensos na Polícia Civil do que na Polícia Federal.

Para entender estes desvios é necessário saber as tarefas básicas atribuídas a Polícia Civil que é: colher provas, fatos, evidências, testemunhas, traçar a “cadeia de evidências” e gerar o “relatório final” para ser remetido ao Ministério Público e consequentemente Poder Judiciário.

A polícia civil tem a função de demonstrar, através da “cadeia de evidências”e “relatório” que:

Houve o crime;
Como foi praticado;
Que o acusado tinha motivos pra cometê-lo;
Que o acusado era detentor de meios para cometê-lo (provados pericialmente);
Que o acusado teve a oportunidade de cometê-lo.

Caso estas peças sejam falhas, o advogado de defesa do acusado pode refutá-las e quebrá-las, gerando a impunidade e aumento da violência.


Com estes pequenos e básicos detalhes, é possível ver que a função da Polícia civil é por demais complexa, envolve cada vez mais elementos científicos que vão servir para condenar o acusado no futuro processo judicial.

Bem... alheio a tudo isto, o governo tem ocupado o tempo dos investigadores para: tomar conta de presos, limpar delegacias, consertar computadores, ir atrás de material de expediente etc.

Além de melhorias na estrutura, tais como:

Aumento de viaturas descaracterizadas - Muitas vezes o governo prefere dar carros com o nome em letras garrafais 'POLÍCIA CIVIL”, só para poder ser visto politicamente, quando o que vale é a discrição.

Fim das delegacias imundas – Lugar de punição é nos presídios, as delegacias são feitas para o cidadão de bem - vítimas da violência - os mesmos devem ser muito bem tratados, encontrando um ambiente limpo e profissionais dispostos e com estrutura para atendê-lo 24 horas.
Equipamentos de tecnologia – A prova material substitui a testemunhal, está última é falha e fácil de ser corrompida, os investigadores devem ser munidos de filmadoras, laptops, Hand Talks, melhores sistemas de informações, além dos que já têm etc.

Para se ter uma ideia, em toda cidade de Mossoró a Denarc – Delegacia de narcóticos, possuem 3 investigadores para atender uma cidade de 250 mil habitantes e uma população circulante de 50 pessoas diárias, o que seria humanamente impossível suprir a demanda.

É evidente que as coisas precisam mudar para frear a tamanha impunidade presente no Estado e os órgãos públicos, no caso a Polícia civil, órgão criado para o povo, voltar a trabalhar com estrutura e todo potencial, alegrando o povo potiguar ao ver nos noticiários o crime levando a pior.

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