quinta-feira, 28 de julho de 2011

A greve continua

Após 55 dias de greve, Governo não oferece proposta aos Delegados

28 de julho de 2011 às 11:02
POR VALQUÍRIA FERREIRA
A greve dos delegados de Polícia Civil do Maranhão completou 55 dias ontem e a categoria informou que não recebeu proposta satisfatória do governo do Estado. Eles reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste nas horas extras.
greve
Foto: G. Ferreira
Delegados percorrem a Rua Grande e aproveitam para esclarecer à população
Ontem à tarde, a categoria realizou uma passeata percorrendo a Rua Grande com destino ao Plantão da Beira-Mar, aproveitando o percurso para fazer panfletagem e mostrar à sociedade as dificuldades que eles enfrentam em trabalhar no Maranhão; onde, segundo os delegados, nem sequer a polícia possui prédios próprios e presos de Justiça ainda ficam em celas de delegacias.
“Queremos esclarecer à população as razões pela qual os delegados do Maranhão aderiram ao movimento grevista. Nós queremos melhorias nas condições de trabalho com a retirada completa dos 1.800 presos de Justiça das delegacias, e a contratação de novos delegados; somos apenas 351 em todo o Estado, e tem profissionais que respondem por dois ou três municípios e não ganham nada por isso. Também reivindicamos o reajuste de 10% das horas extras”, disse o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol), Marconi Lima.
De acordo com a Adepol, 121 municípios não possuem Delegado de Polícia, o que é prejudicial à população que não pode contar com esse serviço de essencial importância. “É muito difícil trabalhar no Maranhão, pois não temos delegacias com uma boa estrutura física, nem sequer os quatros plantões que existem na capital têm como receber de forma agradável as pessoas que nos procuram”, disse Marconi Lima.
Ele afirmou que a greve, que teve início no dia 2 de junho, não teve avanços, pois o secretário de segurança não teria apresentado proposta alguma aos delegados. O movimento acontece com 50% da categoria trabalhando, como determinou a Justiça. A paralisação continua por tempo indeterminado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário