A Veja desta semana (edição 2236) sobre as festanças de Brasília, em que se misturam autoridades dos três Poderes, empresários, lobistas, advogados criminalistas e réus, muitos réus, investigados por crimes de diversos tipos, insinua que o crime organizado tomou conta do sistema jurídico brasileiro.
Na reportagem “A festa dos Bodes” os jornalistas Daniel Pereira e Rodrigo Rangel retratam um cenário macabro, para o povo honesto deste país, relativo à zona nebulosa por onde circulam os poderosos políticos e altos magistrados: os donos do Phuder.
Naquela zona cinza e incerta todos os leões , lobos, raposas e gatunos são pardos.
Ministros de Estado, ministros de Tribunais, senadores, deputados, advogados , empresários com grandes investimentos em obras públicas, interessados em licitações, acusados de falcatruas as mais grossas, à luz do sol são reservados, formais e pudicos.
Sob a luz da lua, cercados por muralhas, refestelam-se em verdadeiros bacanais de ruborizar demônio.
“No dia 17 passado, um sábado, Toffoli, Kakay e representantes de famosas bancas de advogados de Brasília voltaram a se encontrar em uma festa, em Araxá, Minas Gerais, no casamento de um dos filhos do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. O aeroporto da cidade não via um movimento assim tão intenso fazia muito tempo. Os convidados mais famosos chegaram a bordo de aviões particulares, inclusive o ministro Dias Toffoli. Em nota, ele explicou que o avião lhe fora cedido pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, onde dá aulas. Naquele dia, por coincidência, o ministro, que estava junto de sua companheira, informou que tinha um compromisso de trabalho no campus que a instituição mantém em Araxá.
Sepúlveda Pertence é o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência – uma espécie de vigilante e fiscal do comportamento das autoridades do Executivo. Além de Kakay e Toffoli, ele recebeu como convidados o ex-senador Luiz Estevão (condenado a 31 anos de prisão e que deposita suas últimas esperanças em se safar da cadeia nos recursos que serão julgados no STJ e no Supremo) e o empresário Mauro Dutra (processado por desvio de dinheiro público) – e advogados que defendem ou já defenderam ambos. Toffoli é relator de um dos processos de Luiz Estevão no Supremo. Os quartos do hotel mais luxuoso da cidade foram ocupados, portanto, por juízes, réus e advogados que atuam em processos comuns. A feijoada de Brasília terminou na madrugada do dia seguinte, com um inofensivo karaokê. A festa de Araxá também avançou a madrugada, embalada por música eletrônica. Havia, porém, uma surpresa guardada para o final.”
Frascos de lança-perfume, em inúmeras bandejas para os convidados
A matéria lembra as histórias sobre a Roma em decadência, os bacanais, a prostituição a que se submetem as autoridades e fiscais da lei que deveriam zelar pelo bom andamento das instituições.
Quem quiser detalhes leia a matéria de Vej.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-barato-da-impunidade-lanca-perfume-na-festa-de-arromba-dos-poderosos-que-deveriam-zelar-pela-lei/
Ora…ora!
Quanta maledicência da Veja.
Em festa boa rola cocaína.
Foi apenas carnaval; não bacanal.
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