O relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),
disse nesse sábado (3/9) que considera inviável o aumento para os funcionários
do Poder Judiciário e do Ministério Público. Na sexta-feira (2/9) em mensagem
ao Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff considerou a possibilidade.
As informações são da Agência Brasil.
Chinalia disse que o impacto de R$ 7,7 bilhões causado pelo
aumento dos salários prejudicaria a aplicação de recursos em outras áreas e o
ajuste fiscal do governo. “O Congresso não esteve alheio a essa questão da
crise, não é agora que vai estar. A prioridade é o equilíbrio fiscal”.
Além disso, na opinião dele, beneficiaria apenas uma parcela dos
servidores públicos. “Eu não vejo possibilidade de beneficiar um só Poder com
todo este montante”, disse o relator ao chegar ao Congresso do PT, em Brasília.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse
que o ideal seria que todas as categorias tivessem o poder de compra recuperado
com o reajuste da inflação, mas até isso parece estar distante dos funcionários
do Judiciário. “Não sei se nós teríamos condições hoje de reajustar [os
salários] de acordo com a inflação, porque o valor é astronômico”. No ano
passado a inflação foi 5,9%.
Existem atualmente cinco projetos de reajuste para servidores do
Poder Judiciário, do Ministério Público Federal e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal
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