terça-feira, 25 de outubro de 2011

Violência contra a mulher


Violência contra a mulher.Pesquisa mostra que em 72% dos atos de violência, companheiros são os agressores. Em 65% dos casos, filhos assistem a tudo.

A realidade é triste para milhares de mulheres brasileiras de todas as idades, raças e classes sociais que sofrem violência doméstica. Segundo uma pesquisa, 72% dos agressores são maridos e companheiros. Em mais da metade dos casos (65%) os filhos assistem a tudo.

De acordo com a polícia, a maioria das mulheres só denuncia ter sofrido algum tipo de violência quando os episódios já são frequentes. Essa violência não é só a agressão física, mas também a agressão verbal, xingamentos, coação, humilhação e ameaças. A recomendação é superar o medo e procurar uma delegacia o quanto antes. “A partir do momento em que a pessoa começa a perceber ofensas já é um sinal de que isso pode se ampliar e pode resultar, às vezes, em um caso extremo no próprio homicídio”, afirma o advogado criminal Ivan Vieira Junior.

O silêncio agrava ainda mais a dor. Na novela Fina Estampa, a personagem Celeste é constantemente agredida pelo marido e se mantém calada. No capítulo de segunda-feira (25), ela apanhou mais uma vez. Uma mulher que se separou do companheiro depois de seis anos, conta que sempre foi humilhada: “Ele me diminuía, dizia que ninguém me queria, que eu era uma rejeitada pela minha família e que se eu não ficasse com ele eu não ficaria com ninguém, que se eu tentasse ir embora a minha filha ficaria com ele”.

Estatísticas ocultam mais de 3.000 homicídios em um ano no RIO

Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que o Estado do Rio de Janeiro ocultou em suas estatísticas 3.165 homicídios apenas no ano de 2009. A pesquisa Mortes Violentas Não Esclarecidas e Impunidade no Rio de Janeiro, do economista Daniel Cerqueira, procurou entender o aumento de mortes violentas provocadas por causas externas indeterminadas. Ou seja, nem o legista nem a polícia determinam se a morte foi um acidente, um homicídio ou um suicídio.

Cerqueira comparou os dados de 2006 com estatísticas de 2007 a 2009, após o início do governo de Sérgio Cabral (PMDB). Ele utilizou as informações do SIM (Sistema de Informação sobre a Mortalidade), do Ministério da Saúde. “O Rio de Janeiro, com cerca de 8% da população nacional, é responsável por registrar 27% do total das mortes violentas cuja intenção não foi determinada”, diz o estudo.

O pesquisador comparou o perfil de vítimas registradas como homicídios, suicídios ou acidentes ao de vítimas com causas de morte indeterminadas. Ele concluiu que, de cada dez casos de morte por causa externa violenta, oito são homicídios.

- Nossa estimativas indicaram que, além dos 5.064 homicídios registrados em 2009, teria havido 3.165 homicídios ocultos, totalizando um número de agressões letais no Estado de 8.229.

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