Quatro policiais federais foram presos sob a suspeita de facilitar
contrabando de mercadorias na região de Guaíra, cidade do extremo
noroeste do Paraná que faz fronteira com o Paraguai. Também foram
cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Guaíra e nos municípios
paranaenses de Londrina e Francisco Alves.
A operação que resultou na prisão preventiva de três agentes e de um
delegado da PF foi denominada Erupção. O objetivo da operação era
desarticular um grupo composto por policiais federais e empresários. De
acordo com a PF, os policiais receberiam vantagens financeiras de
empresários para deixar de combater ações ilícitas, além de praticar
lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, iniciadas há um ano, a lavagem de
dinheiro ocorria por meio da aplicação de recursos no mercado
imobiliário e em franquias no Paraguai. Há ainda a suspeita de desvio de
mercadorias que deveriam ser apreendidas em ações da PF. Os integrantes
da quadrilha teriam movimentado cerca de R$ 3 milhões por meio da
aquisição de imóveis em nome de terceiros, contas laranjas e negócios em
território paraguaio.
A PF obteve autorização para o bloqueio de bens e valores de pessoas
físicas e jurídicas ligadas ao grupo. Os servidores públicos envolvidos
responderão a processo administrativo com afastamento preliminar das
funções, o que pode acarretar em demissão.
Os crimes investigados são lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação,
peculato, contrabando e descaminho, concussão e abuso de autoridade. Os
quatro policiais presos permanecerão na Superintendência da Polícia
Federal no Paraná, localizada em Curitiba.
Fonte: CONJUR
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