Inteligência Financeira é tema de curso promovido pelo Senasp
Da Assessoria/PJC-MT
A Academia da Polícia
Judiciária Civil de Mato Grosso sedia nas próximas duas semanas o "I
Curso de Inteligência Financeira", promovido pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, para qualificar
integrantes dos órgãos de Inteligência da Secretaria de Segurança
Pública, Polícias Civil, Militar, Federal e Ministério Público, dos onze
estados da fronteira terrestre com a América do Sul, que compõem o
Plano Estratégico Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras
(Enafron), do Governo Federal.O curso é realizado para cerca de 45 profissionais da Segurança Pública e Justiça com o objetivo de auxiliar os servidores na identificação de provas da movimentação financeira e tributária das quadrilhas que praticam crimes variados, entre eles o narcotráfico e contra a administração pública.
De acordo com o coordenador de cursos da Senasp, Paulo Roberto Martins de Carvalho, os instrutores são delegados e profissionais que atuam nas investigações ligadas a movimentação de dinheiro ilícito, como a Receita Federal, Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, Laboratório de Lavagem de Dinheiro, do Rio de Janeiro, Polícia Civil e Polícia Federal e Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça.
Conforme o coordenador, dentro do Enafron serão realizados dez cursos, um deles é o de inteligência financeira. “Este é o primeiro curso que a Senasp está realizando na área financeira e Mato Grosso foi escolhido devido ao seu perfil, por ser uma das regiões mais atuantes”, afirmou o coordenador. “Este é um momento muito propício para a atividade de inteligência. Temos muitos desafios e precisamos capacitar 4 mil profissionais até o ano de 2013”, completou.
Até o ano de 2014, o Ministério da Justiça espera capacitar 2.600 profissionais da inteligência, que deverão atuar nos jogos da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. A preparação dos profissionais está no Plano Nacional de Capacitação e Integração em Inteligência.
O diretor da Acadepol, delegado Milton Teixeira, destacou a importância da qualificação voltada ao aperfeiçoamento das técnicas de investigação e inteligência. “Sabemos que as organizações criminosas a cada dia se aperfeiçoam e busca novas técnicas dificultar a identificação da lavagem do dinheiro”, disse.
Para o secretário Adjunto de Inteligência, Wylton Massao Ohara, Mato Grosso com sua fronteira de 750 quilômetros de limite seco e 233 alagados, fazendo a segurança de 28 municípios na faixa de fronteira, está muito sensível a instalação de organizações criminosas. “Aprendemos que não basta tão somente coibir o crime em si. Temos que também partir para outras vertentes, investigar delitos vinculados a atividade financeira, como a lavagem de dinheiro”, observou.
O Plano Estratégico Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron) está destinando R$ 150 milhões a serem aplicados em projetos com foco à prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços e dos delitos praticados na faixa de fronteira brasileira, que compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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