domingo, 16 de setembro de 2012

“Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas” Charles Chaplin.

SINPOL-MA
COMENTÁRIOS: SOBRE A SITUAÇÃO VEXATÓRIA DE CURURUPU E ESSE “MUNDO” POLICIAL QUE NOS AFASTA DA SOCIEDADE...


Então, somos nós os palhaços?
 
Comentários: Caro Presidente, a "determinação" do promotor é manifestamente ilegal, a recusa do médico em realizar o exame pericial pode caracterizar prevaricação e desobediência crimes previstos no CPB. A PC deve continuar a realizar seu papel, encaminhe a vítima para exame e caso haja recusa que se faça a condução do médico à delegacia para formalização de procedimento policial, eu SINCERAMENTE ignoraria "A DETERMINAÇÃO" do promotor por não ter base legal. Depois que médicos forem conduzidos para delegacia, pode ter certeza que a "decisão" do promotor vai ser revista. Não há nada que obrigue a participação de um policial na realização do exame, é preciso ter coragem, ORDEM SE CUMPRE DE SUPERIOR HIERÁRQUICO (qdo não manifestamente ilegal) OU DECISÃO JUDICIAL, no caso creio que basta atitude dos policiais (investigadores e o delegado em Cururupu).
 
Mensagem Formulário da Internet
Enviada as Quinta-feira, 13 Setembro de 2012 as 11:55
Nome: Márcio Dominici- DPC
 
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COMENTANDO O EMAIL

O título lá no alto e a foto do palhaço são de minha autoria, assim como esse simples comentário. Há muito que os policiais civis lotados na Delegacia de Polícia Civil de Cururupu se sentem perseguidos pelo Promotor de Justiça da Cidade, situação esta de conhecimento da Superintendência de Policia Civil do Interior, do ex-Delegado Geral, e confesso que não sei, se da atual Delegada Geral, os policiais civis se sentem desconfortáveis ao extremo para trabalhar, produzir, investigar e suprir com o mínimo do mínimo em efetivo a demanda imensa de uma cidade em constante ebulição, a sociedade Cururupuense precisa da Polícia Judiciária e os policiais precisam de tranquilidade para trabalhar, algo distante.

No ano passado, próximo ao final do ano, estivemos na cidade para sentir de perto a situação, que já era grave e era nítida a preocupação crescente dos policiais, algo assim: estamos fazendo a nossa parte, e mesmo assim somos perseguidos. O então Delegado a época, que fazia um grande trabalho e tinha o reconhecimento da sociedade local, não aguentando, conseguiu se transferir para a cidade de Santa Helena e o Delegado desta cidade foi para Cururupu, e confesso que não sei como tem se posicionado diante deste estado precário de coisas, sei, no entanto, que hoje a desmotivação entre os investigadores é imensa, a maioria querendo ir trabalhar em outras cidades, e aqueles que por ventura tenham interesse em ir trabalhar em Cururupu, quando sabem dos infortúnios e perseguições, caem fora, passam longe.

Na mesma oportunidade, tivemos na Prefeitura, na Câmara Municipal e na única emissora de rádio da cidade, na qual não me recordo no momento o nome, inclusive participamos de um programa ao vivo, por mais de uma hora e a temática foi insegurança, o trabalho realizado pelos policiais e o apoio necessário ao desempenho de suas atividades. Em contato com vários moradores (e sem a presença ao lado dos policiais civis lotados na cidade) todos foram unanimes em tecer elogios à conduta desses profissionais, chegando ao patamar de admiração.

Como se sabe que a policia civil não protege e não guarda os seus trabalhadores, deixando-os a própria sorte, então, o quadro é gravíssimo. E temos que reagir, qual a posição do Delegado? Pergunto eu. Pois, de acordo com a sua postura profissional, a mesma irá refletir na postura de todos os outros policiais, aceita tudo que vem do MP ou age na legalidade como autoridade policial que é. Os policiais civis não são subordinados ao Ministério Público, temos independência de direito, embora, de fato, muitos...

Nesse caso em questão, a não realização ou atraso' dos exames será culpa do promotor, somente dele e de não mais ninguém, também se faz necessário que a instituição a qual pertencemos, nos apoiem verdadeiramente, e não, apenas com palavras, e talvez assim, possamos caminhar em busca de uma policia civil necessariamente cidadã.

“Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas” Charles Chaplin.

Amon Jessen
Presidente do SINPOL-MA.


Comentário:
Não sei qual a posição do Delegado de Cururupu, mas sei que é momento de se manifestar, pois como bem disse Amon será de acordo com a postura da Autoridade Policial que os investigadores se portarão. A "determinação" do promotor é desarazoada e típica de quem vive recluso em um gabinete, de quem não conhece a rotina de uma delegacia de polícia e dos afazeres de seus servidores, não há base legal, não há nem ao menos possibilidade de se atender a tamanho devaneio. O MP ocupa papel de destaque na sociedade, no entanto, é preciso descer do altar em que alguns acreditam estar sentados, a soberba e a prepotência impossibilitam o trabalho harmonioso e respeitoso entre as duas instituições. Basta ver e constatar que nas cidades em que MP e PC trabalham de forma harmônica os resultados são mais que satisfatórios, o problema surge quando um passa a "achar" que sabe mais que o outro, que "manda" mais, que "controla" mais, aí o plano individual se mistura com a vaidade trazendo como consequências situações esdrúxulas como essa, em que um promotor "determina", numa reunião em que a PC sequer foi representada, a presença de um policial para elaboração dos exames periciais. A verdade é que tem COISAS que só acontecem no interior desse Brasil.

Como bem dito:
“Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas” Charles Chaplin.
 

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