BRIGADA REPENSADA
Ivar Hartmann
No desfile de 20 de setembro em Porto Alegre, como sempre, a
Brigada Militar do RS, desfilou com o garbo de uma força vitoriosa.
Será? Já mais que passou o tempo de se fazer uma análise crítica da
Brigada, suas políticas de atuação e seus resultados. Criada como força
militar com o objetivo de auxiliar os governos nas lutas contra
revolucionários, sempre teve papel importante no contexto da vida
estadual e até nacional. Na forma do art.129 da Constituição Estadual á
ela “... incumbem a polícia ostensiva, a preservação da ordem
pública...” Como a sociedade gaúcha está atualmente em uma batalha
contra os ladrões – vamos estender para os que roubam ou furtam – cabe a
cada um de nós se perguntar: A Força policial-militar está resolvendo o
problema? Ou está perdendo as batalhas com os crimes em um crescendo?
Depois de pensadas estas perguntas, vale outra: quantas vezes a Brigada
chega a tempo de impedir um delito? A
demora em chegar até
parece proposital para não haver confronto com os ladrões que vão embora
livres. A população perdeu a confiança na Brigada, esta é a verdade.
Tanto que perdeu a confiança que casas e empresas são cercadas com
aparatos de segurança. E firmas particulares de segurança pública
proliferam em todas as cidades.
Vamos fazer um cálculo que
ninguém faz: quantos ladrões têm uma cidade? Quanto maior, mais
larápios, óbvio. E mais policiais militares também. Será que os
primeiros são em maior número que os segundos? Então nos pequenos
municípios com 15 policiais, significa que haveria mais de 15 ladrões?
Claro que não porque perverteria a razoabilidade. Então: se o número de
policiais-militares é parecido com o número de amigos do alheio, como é
que eles continuam furtando, sabendo que a maioria são pequenos
marginais ignorantes? O Governo do Estado, com inteligência, colocou a
Polícia Civil nas ruas e os resultados foram rápidos no ataque as
quadrilhas e aos furtos de veículos. Nossos bens, na falta de
policiamento, ações e novas propostas da Brigada, já aceitamos perder.
De derrota em derrota, as únicas vitórias da Brigada são quando um
soldado a paisana, com coragem, enfrenta um bandido em ação. A Brigada
não é militar: é policial. Como tal tem de ser repensada pelos
governantes e brigadianos, para continuar prestando bons serviços aos
gaúchos. O passado glorioso não pode terminar com um presente medíocre.
ivarhartmann@terra.com.br (procurador de justiça)
demora em chegar até parece proposital para não haver confronto com os ladrões que vão embora livres. A população perdeu a confiança na Brigada, esta é a verdade. Tanto que perdeu a confiança que casas e empresas são cercadas com aparatos de segurança. E firmas particulares de segurança pública proliferam em todas as cidades.
Vamos fazer um cálculo que ninguém faz: quantos ladrões têm uma cidade? Quanto maior, mais larápios, óbvio. E mais policiais militares também. Será que os primeiros são em maior número que os segundos? Então nos pequenos municípios com 15 policiais, significa que haveria mais de 15 ladrões? Claro que não porque perverteria a razoabilidade. Então: se o número de policiais-militares é parecido com o número de amigos do alheio, como é que eles continuam furtando, sabendo que a maioria são pequenos marginais ignorantes? O Governo do Estado, com inteligência, colocou a Polícia Civil nas ruas e os resultados foram rápidos no ataque as quadrilhas e aos furtos de veículos. Nossos bens, na falta de policiamento, ações e novas propostas da Brigada, já aceitamos perder. De derrota em derrota, as únicas vitórias da Brigada são quando um soldado a paisana, com coragem, enfrenta um bandido em ação. A Brigada não é militar: é policial. Como tal tem de ser repensada pelos governantes e brigadianos, para continuar prestando bons serviços aos gaúchos. O passado glorioso não pode terminar com um presente medíocre.
ivarhartmann@terra.com.br (procurador de justiça)
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