terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vale a pena conferir: Resposta dos Delegados de Polícia à deselegante decisão do Desembargador Paulo Rangel


CASO BELTRAMI: Resposta dos Delegados de Polícia à deselegante decisão do Desembargador Paulo Rangel
Antes de mais nada, cumpre esclarecer: fui aluno do prof. Paulo Rangel nos meus tempos de EMERJ, quando ele ainda era menbro do Ministério Publico. Posteriormente, no meu concurso para Delegado, fui por ele examinado. A banca de processo penal vinha causando pânico entre os candidatos e o professor Paulo Rangel certamente contribuiu para meu sucesso, pois foi quem fez a maioria das perguntas, sempre tentando me deixar tranquilo antes de cada resposta. Fui aprovado com nota 91,5.

Por isso, causou-me surpresa a deselegante decisão proferida pelo professor, hoje Desembargador, tomada no plantão judiciário, em que afirma que a Polícia Civil "brinca de investigar" e que é composta, em sua maioria, por "Delegados inexperientes". Ora, Desembargador, muitos desses Delegados foram aprovados em concurso público por V. Exa., assim como eu. E, essa mesma polícia que "brinca de investigar", foi aquela da qual o senhor fez parte, como Detetive, antes de ingressar nas fileiras do Ministério Público. É a mesma polícia composta por pessoas abnegadas que não se furtam em levar um tiro para a proteção da sociedade, como aconteceu com um policial civil recentemente, no Recreio dos Bandeirantes. Notícias que passam quase despercebidas pelos confortáveis gabinetes do Tribunal de Justiça. É a mesma polícia que "brincou de investigar" no caso da Juíza Patrícia Acioly e em tantas e recentes prisões derivadas de árduo trabalho, mesmo diante de parcos recursos.

Mas o que realmente me causa espécie é a limitação das críticas à Polícia Civil, como se apenas este órgão tivesse participado da investigação. Na verdade, foi ela acompanhada por vários promotores do GAECO e chancelada por um Juiz de Direito, que concedeu a prisão do suspeito. Então, Desembargador, por qual motivo V. Exa. não estendeu suas considerações a esses órgãos. No que tange ao GAECO, será por ser um incansável defensor da investigação pelo Ministério Público? E no que tange à decisão judicial? Afirmar que o Magistrado foi levado a erro pelo Delegado seria quase como colocá-lo em uma situação de autista jurídico (nesse diapasão, cabe a pergunta: quem enceta um ardil capaz de enganar um Juiz de Direito pode ser conceituado como inexperiente?).

Por tudo isso, e por vários outros motivos, que que deixo aqui consignada a nota à imprensa elaborada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia, instado a defender a inexplicavelmente maculada honra da Autoridade Policial que funcionou no feito (mesma postura adotada corriqueiramente pelas entidades de classe da Magistratura, quando em defesa de seus quadros):

"ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE SOBRE O HABEAS CORPUS CONCEDIDO PELO EXMO. SR. DR. DES. PAULO RANGEL, EM PLANTÃO JUDICIAL, AO COMANDANTE DO 7º BPM.

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Um comentário:

  1. Valeu pela reprodução do texto, mas apenas uma colocação deve ser feita: o erro de digitação do início do texto já foi corrigido lá no blog, rs. Abraços.

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