CASO
BELTRAMI: Resposta dos Delegados de Polícia à deselegante decisão do
Desembargador Paulo Rangel
Antes de
mais nada, cumpre esclarecer: fui aluno do prof. Paulo Rangel nos meus tempos
de EMERJ, quando ele ainda era menbro do Ministério Publico. Posteriormente, no
meu concurso para Delegado, fui por ele examinado. A banca de processo penal
vinha causando pânico entre os candidatos e o professor Paulo Rangel certamente
contribuiu para meu sucesso, pois foi quem fez a maioria das perguntas, sempre
tentando me deixar tranquilo antes de cada resposta. Fui aprovado com nota
91,5.
Por isso,
causou-me surpresa a deselegante decisão proferida pelo professor, hoje
Desembargador, tomada no plantão judiciário, em que afirma que a Polícia Civil
"brinca de investigar" e que é composta, em sua maioria, por
"Delegados inexperientes". Ora, Desembargador, muitos desses
Delegados foram aprovados em concurso público por V. Exa., assim como eu. E,
essa mesma polícia que "brinca de investigar", foi aquela da qual o
senhor fez parte, como Detetive, antes de ingressar nas fileiras do Ministério
Público. É a mesma polícia composta por pessoas abnegadas que não se furtam em
levar um tiro para a proteção da sociedade, como aconteceu com um policial
civil recentemente, no Recreio dos Bandeirantes. Notícias que passam quase
despercebidas pelos confortáveis gabinetes do Tribunal de Justiça. É a mesma
polícia que "brincou de investigar" no caso da Juíza Patrícia Acioly
e em tantas e recentes prisões derivadas de árduo trabalho, mesmo diante de
parcos recursos.
Mas o que
realmente me causa espécie é a limitação das críticas à Polícia Civil, como se
apenas este órgão tivesse participado da investigação. Na verdade, foi ela
acompanhada por vários promotores do GAECO e chancelada por um Juiz de Direito,
que concedeu a prisão do suspeito. Então, Desembargador, por qual motivo V.
Exa. não estendeu suas considerações a esses órgãos. No que tange ao GAECO,
será por ser um incansável defensor da investigação pelo Ministério Público? E
no que tange à decisão judicial? Afirmar que o Magistrado foi levado a erro
pelo Delegado seria quase como colocá-lo em uma situação de autista jurídico
(nesse diapasão, cabe a pergunta: quem enceta um ardil capaz de enganar um Juiz
de Direito pode ser conceituado como inexperiente?).
Por tudo
isso, e por vários outros motivos, que que deixo aqui consignada a nota à
imprensa elaborada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia, instado a defender
a inexplicavelmente maculada honra da Autoridade Policial que funcionou no
feito (mesma postura adotada corriqueiramente pelas entidades de classe da
Magistratura, quando em defesa de seus quadros):
"ESCLARECIMENTO
À SOCIEDADE SOBRE O HABEAS CORPUS CONCEDIDO PELO EXMO. SR. DR. DES. PAULO
RANGEL, EM PLANTÃO JUDICIAL, AO COMANDANTE DO 7º BPM.
leia em:
brunogilaberte.blogspot.com
leias a decisão de P. Rangel
http://delegadodepoliciama.blogspot.com/2011/12/prisao-do-coronel-djalma-beltrami-foi.html
leias a decisão de P. Rangel
http://delegadodepoliciama.blogspot.com/2011/12/prisao-do-coronel-djalma-beltrami-foi.html
Valeu pela reprodução do texto, mas apenas uma colocação deve ser feita: o erro de digitação do início do texto já foi corrigido lá no blog, rs. Abraços.
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