Sem polícia não há justiça
Inicialmente espero que nossa justiça seja mais célere e julgue com a maior brevidade a ação de reintegração ao cargo em que é parte o Delegado de Polícia Conde Guerra que foi demitido vergonhosamente, por haver simplesmente repercutido notícia inicialmente veiculada pela Rede Globo de televisão e contra qual os supostos injustiçados não tiveram a coragem de processar.
Espero também que se reverta a demissão do Delegado Frederico aquele que prendeu um Juiz embriagado e que segundo informações foi demitido por não preencher os pressupostos necessários para continuar na carreira, pois estava no estágio probatório e que a mim não convence essa alegação.
O Presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Sartori afirma que “férias de 2 meses é um direito para preservar a sanidade mental do Juiz” ora senhores e a dos policiais operacionais, e a do Delegado de Polícia que quando requerem férias de 30 dias a que tem o direito constitucional na maioria das vezes a entidade chamada administração superior nega e concede somente 15 dias sob alegação de ” absoluta necessidade de serviço.”
Indago pois e a sanidade mental dos policiais, pois quem atende locais de crime com corpos decepados, mulheres estupradas, crianças violentadas são sempre policiais militares e policiais civis operacionais. E as equipes de plantão ou as equipes do DHPP que muitas vezes vão ao local de ocorrência e encontram crianças mutiladas. Isso sim afeta a sanidade mental.
è preciso que se diga que quando os autos do inquérito chegam ao Ministério Público e posteriormente ao Juiz de Direito é somente o papel, quando muito com algumas fotos, mas o cheiro de sangue, o cheiro de vísceras que se emprega em todos os poros do policial, isso promotores e juízes não sentem. Somente o policial é que vê isso.
E quando o marido espanca uma mulher e são todos conduzidos a presença da autoridade policial é ele quem tem que decidir não somente oque a lei manda, mas antes e acima de tudo, oque é melhor para preservar a paz social.
é sabido que juízes e promotores de justiça em seus gabinetes acarpetados e com ar condicionado não atendem as partes, quando muito e como se estivessem fazendo um supremo favor advogados.
Quando se apresenta uma ocorrência a polícia, o delegado deve decidir de imediato, ou certo ou errado, mas de imediato e dentro de sua convicção. Por outro lado quando se apresenta uma petição ao juiz de direito, o despacho é sempre o mesmo ” J. Concluso” para poder decidir mais tarde, com calma, tranquilidade, podendo consultar seus colegas, a biblioteca, e a jurisprudência. Já o policial civil, inclusive os operacionais, investigadores, carcereiros, agentes, tem que decidir na hora se algemam ou não um suspeito. Se o conduzem ao distrito ou se o liberam. E tudo isso sozinhos, de acordo com sua convicção pessoal. E com certeza vão ter problemas. Pois de um lado a família da vitima aplaudira, já a família do indiciado além de amaldiçoados, se dirigira ao Ministério Público e a corregedoria geral da polícia civil. E ai o policial passa de herói a vilão e até provar sua inocência, passara por um calvário que não desejo ao meu pior inimigo.
Gostaria aqui de relembrar o dito uma vez pelo meu pai, Juiz de direito ” muitas vezes a população reclama quando vê um policial, agindo com mais dureza e as vezes até agredindo um suspeito. Mas não procuram saber que momentos antes esse mesmo suspeito havia estuprado, matou e passou pimenta nas partes intimas de uma menina de 2 anos. Ora dizia ele em sua sentença policiais são seres humanos como quaisquer um de nós, portanto sujeitos a ira e a revolta. e sob esse fundamento, absolveu os referidos policiais que me permito não revelar o nome.
Portanto se o magistrado que chega no fórum as 13:00 horas e dele sai as 15, 16 ou 17, que tem seu vasto lanche e que ganha inclusive um quantum a mais para servir a justiça eleitoral ou tem direito a folga depois das eleições tem direito a 2 meses de folga com mais razão tal direito deveria ser estendido a todos os policiais no Brasil, pois essa afirmação é minha, sem polícia não há justiça, pois tudo se inicia no inquérito policial, haja visto inclusive que a maioria dos promotores se baseia única e exclusivamente nos autos do inquérito policial para oferecer a sua denúncia usando inclusive as testemunhas arroladas no inquérito.
Portanto é necessário volto a dizer que se pague com dignidade os policiais brasileiros e que se lhes de condições dignas de trabalho ou se nada disso for possível, pelo menos férias de 2 meses para que possa preservar sua sanidade mental.
João Alkimin
João Alkimin é radialista – showtime.radio@hotmail.com – RÁDIO
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