Torpedos evidenciam divisão na guerra do Judiciário
Juízes pretendiam enviar perguntas a Marco Aurélio
Em entrevista ao repórter Fausto Macedo, de "O Estado de S. Paulo", a ministra Eliana Calmon disse que teve vontade de mandar um torpedo para o programa Roda Viva, durante a entrevista com o ministro Marco Aurelio de Mello, na última segunda-feira (9/1). Era para rebater o ministro, "para dizer que as corregedorias sequer investigam desembargador".
Antes e durante o programa, vários juízes federais também sugeriram enviar mensagens para a TV Cultura, com perguntas para o entrevistado. Com receio de censura, chegou-se a propor que não deveriam dizer que eram magistrados. Não estariam mentindo, porque o programa não identifica a profissão do telespectador.
De um modo geral, vários juízes criticaram o nível das perguntas dos jornalistas. Gostaram muito das respostas do ministro, apesar da linguagem empolada. Mas acharam que Marco Aurélio, mesmo considerado por eles um paradigma, escorregou feio ao não defender as férias de 60 dias.
Já há quem proponha um "Plano B" para o caso de perda dessa prerrogativa, o que incluiria uma campanha de esclarecimento sobre direitos e situações a que os magistrados são submetidos.
Há uma convicção, no Judiciário, de que juízes e jornalistas se comunicam muito mal com a sociedade. Os episódios recentes confirmam que a comunicação não tem sido o forte na magistratura federal.
O tema que levou Eliana Calmon a pensar em mandar um torpedo à TV Cultura revela uma das faces da discussão interna que hoje divide os juízes federais.
O confronto maior com a corregedora nacional de Justiça tem origem nos tribunais estaduais --notadamente o TJ-SP-- e não nos tribunais federais.
Ou seja, critica-se, internamente, o atrelamento da Ajufe a uma "briga" que interessaria mais à Associação dos Magistrados Brasileiros, entidade cuja administração atual tem forte influência da magistratura paulista.
A outra face dessa discordância doméstica, e que também tem a ver com a inabilidade nas comunicações, foi explicitada pelo manifesto de 28 magistrados federais condenando a representação criminal contra Eliana Calmon, assinada pela Associação dos Juízes Federais do Brasil, e a agressividade das notas públicas da entidade.
Em entrevista ao repórter Fausto Macedo, de "O Estado de S. Paulo", a ministra Eliana Calmon disse que teve vontade de mandar um torpedo para o programa Roda Viva, durante a entrevista com o ministro Marco Aurelio de Mello, na última segunda-feira (9/1). Era para rebater o ministro, "para dizer que as corregedorias sequer investigam desembargador".
Antes e durante o programa, vários juízes federais também sugeriram enviar mensagens para a TV Cultura, com perguntas para o entrevistado. Com receio de censura, chegou-se a propor que não deveriam dizer que eram magistrados. Não estariam mentindo, porque o programa não identifica a profissão do telespectador.
De um modo geral, vários juízes criticaram o nível das perguntas dos jornalistas. Gostaram muito das respostas do ministro, apesar da linguagem empolada. Mas acharam que Marco Aurélio, mesmo considerado por eles um paradigma, escorregou feio ao não defender as férias de 60 dias.
Já há quem proponha um "Plano B" para o caso de perda dessa prerrogativa, o que incluiria uma campanha de esclarecimento sobre direitos e situações a que os magistrados são submetidos.
Há uma convicção, no Judiciário, de que juízes e jornalistas se comunicam muito mal com a sociedade. Os episódios recentes confirmam que a comunicação não tem sido o forte na magistratura federal.
O tema que levou Eliana Calmon a pensar em mandar um torpedo à TV Cultura revela uma das faces da discussão interna que hoje divide os juízes federais.
O confronto maior com a corregedora nacional de Justiça tem origem nos tribunais estaduais --notadamente o TJ-SP-- e não nos tribunais federais.
Ou seja, critica-se, internamente, o atrelamento da Ajufe a uma "briga" que interessaria mais à Associação dos Magistrados Brasileiros, entidade cuja administração atual tem forte influência da magistratura paulista.
A outra face dessa discordância doméstica, e que também tem a ver com a inabilidade nas comunicações, foi explicitada pelo manifesto de 28 magistrados federais condenando a representação criminal contra Eliana Calmon, assinada pela Associação dos Juízes Federais do Brasil, e a agressividade das notas públicas da entidade.
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