Homem que aguarda ser julgado por
assassinato continua respondendo como delegado no interior do Maranhão
O nome dele é Gilfranck da Silva
Vale, que está aguardando julgamento em liberdade, por homicídio. Não é
funcionário do Estado e responde pelas delegacias de polícia das cidades de
Joselândia e São José dos Basílios, ambas subordinadas à Regional de Presidente
Dutra. Um verdadeiro acinte para a sociedade.
Esse problema foi denunciado no
ano passado pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Amon
Jessen. Recentemente, o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, ao tomar
conhecimento do episódio pela imprensa, disse que havia determinado o
afastamento do assassino-delegado.
Ontem, o universitário Marcos
Robério, membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e que está desenvolvendo
trabalho em São José dos Basílios, afirmou que Gil Franck continua mais forte
do que nunca e que, além dele, outras pessoas alheias aos quadros do Estado,
atuam como policiais civis no município.
Ele afirmou que recentemente
passou por constrangimento na cidade, pelos falsos policiais e disse que a
equipe vem cometendo sistematicamente uma série de desatinos, executando até
encarceramento de menores. Enquanto isso, o secretário Aluísio Mendes não toma
uma medida para acabar com esse desrespeito na pasta que dirige. A governadora
Roseana Sarney tem que agir rapidamente para dar uma resposta ao povo do
Maranhão.
Caso contrário, dentro de pouco
tempo, traficantes, assaltantes e outros criminosos especializados nas mais diversificadas
áreas do crime poderão ser indicados para o comando de outras delegacias no
interior do Estado. Isso é um tapa no rosto da sociedade maranhense!
Fonte: djalmarodrigues
Comentário do blog
Um dos primeiro textos escritos
aqui no blog tratava acerca justamente da banalização das funções do Delegado
de Polícia. Leia aqui.
Não posso compreender (em verdade
talvez até possa) como uma situação tão ridícula como está possa prosperar.
O colega e Delegado de Polícia
Dr. Lúcio Rogério bem disse quando me asseverou que qualquer unidade de polícia
que não conte com Delegado, investigadores e escrivães não deveria ao menos ser
chamada de DELEGACIA, no máximo “agência, escrivania ou DPM (neste caso até
existem muitas, onde militares fazem as vezes de polícia judiciária, deve ser
frisado que não por culpa destes obviamente).
Como fica o atendimento à população
local? Qual a qualidade das investigações realizadas por aquela unidade? Será que
o “responsável” pela unidade de polícia dessas duas cidades realiza interrogatórios,
pratica outros atos de polícia judiciária?
Fato é que enquanto nos
incomodamos com algumas situações em que policiais militares investigam (P2,
velado etc) esquecemos de corrigir inúmeras falhas internas, tais como se
permitir que Delegacias sejam chefiadas por pessoas que não sejam Delegados de
Polícia verdadeiramente, placebos que a magistratura e o MP jamais permitiriam.
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