domingo, 15 de janeiro de 2012

Referência é o salário do delegado de 4ª Classe


Referência é o salário do delegado de 4ª Classe, diz Pestana - Portal da UGEIRM, 13/01/2012

O governo definiu hoje, dia 13, critérios para, em dez dias, apresentar proposta com valores aos agentes policiais. A remuneração da categoria será feita por meio de subsídio. “A referência estabelecida é o vencimento do delegado de 4ª Classe”, disse Carlos Pestana, chefe da Casa Civil. A Ugeirm classifica tal lógica como verticalidade, que é foco da reivindicação do sindicato.

O topo da pirâmide remuneratória na Polícia Civil chegará a 24,1 mil reais até 2018, conforme negociação já formalizada entre governo e delegados. Os agentes ainda desconhecem valores de salário inicial e de final de carreira. Hoje, um comissário de polícia percebe provento total bruto equivalente ao de um delegado em início de carreira.

O governo quer desvincular negociações salariais da Polícia Civil e da Brigada Militar. “Os valores serão semelhantes, mas a forma como isso será feito pode ser diferente e tende a ser diferente”, disse Pestana.

Primeiramente, deve ser construída a proposta em torno dos valores dos subsídios propriamente ditos. Depois, o governo vai elaborar regras de transição: como serão incorporadas FGs, gratificações de risco e outros proventos até a consolidação do disposto no § 9º do art. 144 da Constituição Federal (subsídio).

“Queremos pedir tranquilidade para negociar”, disse o secretário. Pestana assinalou haver possibilidade ímpar de viabilizar uma carreira. “Há uma convergência de fatores. O governo quer fazer política com ganho real, a economia está crescendo e temos sintonia com o governo federal. Nós vamos ter a capacidade de construir aquilo que é o ideal ou o que mais se aproxima do ideal. Todos vão ganhar”.

Mobilização

Centenas de policiais permaneceram mobilizados na frente do Palácio Piratini durante a reunião. “Nós vamos construir a nossa verticalidade. Enquanto houver negociação, estaremos mobilizados nas delegacias em vigília e aqui na frente do Palácio Piratini. Nossa campanha de mídia continua. E vamos fazer mais camisetas da verticalidade”, disse o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz.

Ortiz salientou, durante a reunião, que policiais de outros estados já fizeram negociações ruins em torno dos subsídios, a exemplo do Ceará. Neste tipo de remuneração, ficam extintos todos os “penduricalhos” (FGs e gratificação de risco). Acabam as vantagens temporais, tais como triênios. Os policiais civis seriam excluídos da lei da matriz salarial. “Por isso a remuneração inicial e final precisam ser significativas. Já propusemos os valores ao governo”, acrescentou.

O vice-presidente da Ugeirm, Fábio Castro, frisou ser importante dar perspectiva de ascensão funcional aos agentes. “Quem ingressa na Polícia Civil hoje tem que saber que chegará a comissário de polícia no final da carreira”, defendeu.

“Em 1992, levamos um tombo muito feio. Os agentes não se esqueceram do que aconteceu e o medo é que isso se repita. Por isso, existe uma expectativa e uma ansiedade enorme da categoria”, disse Ortiz. O chefe da Casa Civil não fez comentário sobre a tabela de progressão salarial já encaminhada ao governo – e que foi integralmente aproveitada na negociação dos delegados.

“Precisamos continuar mobilizados e levar ainda mais policiais para a frente do Palácio Piratini. Os colegas devem continuar discutindo o assunto dentro das delegacias e fazendo as vigílias. Nosso foco é a verticalidade. O fato de o salário do delegado de 4ª Classe ser a referência na Polícia Civil é a nossa luta”, finalizou Ortiz.


comentário: Tem dito que somente com remuneração digna para TODOS (Delegados, investigadores, escrivães, médicos e peritos) a INSTITUIÇÃO POLÍCIA CIVIL crescerá, é medida de direito e justiça! No entanto, a qualidade dos serviços prestados é péssima, má vontade e falta de educação no atendimento ao público, policiais preguiçosos e descompromissados, enquanto perdurar tal quadro será uma incongruência exigir sempre aumento de remuneração, óbvio que a administração há muito não faz sua parte e não investe nem em estrutura e muito menos no ser humano (policial).

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