quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Delegados em greve


POR JULLY CAMILO
Os delegados da Polícia Civil do Maranhão decidirão na manhã de hoje (24), durante assembleia geral, no auditório da Delegacia de Costumes, na Rua da Palma – Centro, se continuarão ou não com o movimento grevista. A suspensão do movimento ficou condicionada ao resultado de uma reunião ocorrida no final da manhã de ontem, entre o secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes, e o chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva.
Segundo o presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil do Maranhão (Adepol), delegado Marconi Chaves Lima, o secretário Aluísio Mendes teria solicitado a interrupção do movimento até o dia 29 deste mês, no intuito de que o texto do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para incluir os delegados no rol das carreiras jurídicas do Estado, pudesse novamente ser revisado pela governadora Roseana Sarney. Porém, no final da manhã de ontem, o secretário teria se reunido com o chefe da Casa Civil com o objetivo de rediscutir o teor da PEC e, posteriormente, enviá-lo a governadora.
Foto: G. Ferreira
Delegados aguardam resposta do governo para decidir rumos da greve
O delegado explicou que, dependendo do resultado, a categoria decidirá em assembleia pela continuidade ou não da greve. Marconi Lima ressaltou que a paralisação teria sido retomada por conta do descumprimento do acordo firmado com o governo do Estado no dia 19 de setembro, deste ano, após 109 dias de greve. “Eles tiveram 60 dias para enviar a minuta nacional padrão com o texto já discutido entre nós. Porém, a governadora, influenciada e mal assessorada pela Procuradoria do Estado, modificou o texto e o modelo do documento, cometendo um equívoco gravíssimo, uma vez que, misturou carreira jurídica com isonomia. Afinal, neste momento queremos apenas o reconhecimento da carreira jurídica para os delegados”, declarou.
De acordo com Marconi Lima, o descumprimento do acordo pegou toda a categoria de surpresa, pois os delegados acreditavam na seriedade e urgência do governo do Estado em resolver o impasse. Ele relatou que, caso o movimento seja mantido, a categoria vai deliberar, ainda na assembleia, quais as ações e estratégias que serão aplicadas durante a paralisação, mas sempre respeitando a decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) que determina que 50% dos delegados continuem exercendo normalmente suas atividades.

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