segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Greve no RS


Da Redação

Porto Alegre

  - Uma série de decisões tomadas ontem à tarde pela Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep-RS), após assembleia da categoria em Porto Alegre, que reuniu cerca de 350 delegados, pode agravar o clima de crise na segurança pública do Estado.As medidas foram tomadas após rejeição da proposta de reajuste salarial feita pelo governo, de aumento de 10%, em duas parcelas a serem pagas em janeiro e abril de 2012.
Entre as medidas que foram acertadas na assembleia está a de suspender as grandes operações que estão sendo realizadas pela Polícia Civil, bem como a não participação das Operações Verão, Serra e Fronteira, que serão desenvolvidas no final do ano. Também ficou acertado que os delegados deverão colocar os cargos de confiança à disposição, com exceção do Chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
Conforme o presidente da Asdep-RS, delegado Wilson Müller Rodrigues, o governo já estava alertado sobre o clima de revolta entre os delegados e as propostas que a categoria reivindicava. “Os delegados passaram de uma fase de conformidade para uma de revolta. Estas decisões não são nada agradáveis, mas a categoria precisa se organizar”, comentou.
A categoria reivindica a equiparação salarial aos procuradores do Estado, que atualmente recebem salários de 16 mil reais iniciais, quando um delegado ganha, inicialmente, 7 mil reais. "Um delegado com 35 anos de função, por exemplo, se aposenta com salário menor que um procurador no primeiro dia de serviço, os números não são bons, pois as qualificações profissionais são as mesmas. A diferença é grande e vem causando revolta entre os delegados. O certo é que ninguém fica satisfeito, a categoria precisava agir." O presidente da Asdep destaca ainda que amanhã o governo será informado formalmente da decisão da categoria, por meio de ofício.
As deliberações
  • Suspender as operações especiais e não participar das Operações Verão, Serra e Fronteira;
  • Rejeitar proposta do governo de 10% de reajuste por não equiparar remuneração com os procuradores do Estado;
  • Não ministrar aulas nem coordenar cursos na Acadepol;
  • Colocar os cargos de confiança à disposição (exceto Chefe de Polícia);
  • Não exceder a carga horária de 40 horas semanais e tirar as folgas necessárias.

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